Informações:
Título: Uma estrela vermelha
Autor: Alexander Bogdanov
ISBN: 978-65-87084-42-8
Edição: Cartola Editora – Julho/2020
Dimensões: 16 x 23 cm
Páginas: 322
Título: Uma estrela vermelha
Autor: Alexander Bogdanov
ISBN: 978-65-87084-42-8
Edição: Cartola Editora – Julho/2020
Dimensões: 16 x 23 cm
Páginas: 322
Em 1908, Alexander Bogdanov criou a distopia Estrela Vermelha (Красная звезда). O romance de ficção científica descreve a história de Leonid, um cientista revolucionário russo que viaja à Marte para aprender e experimentar a sua ideologia de um sistema socialista. Durante a viagem, ele se apaixona pelas pessoas e pela eficiência tecnológica que encontra neste novo mundo.
O protagonista é também o narrador da história, confessando logo nas primeiras páginas que suas diferenças ideológicas em relação à revolução eram extremas demais para que ele vencesse, refletindo um pouco da história do autor. É nesse ponto que o protagonista, informalmente conhecido como Lenni (esse nome te lembra alguém?), é visitado por Menni, um marciano, disfarçado no planeta Terra. Menni convida Leonid para ajudar em um projeto destinado a estudar e visitar outros planetas, como Vênus e Marte. E é aí que a nossa história começa. Note que a obra foi publicada anos antes da revolução russa, que se iniciou com a derrubada do governo monarquista do Czar Nicolau II e culminou na criação da União Soviética.
A primeira edição da obra foi publicada em 1908, em São Petersburgo, sendo republicada, dez anos depois, em Petrogrado e em Moscou, com uma nova edição em 1922, em Moscou. Em 1913, Alexander Bogdanov publicou uma sequência, intitulada O Engenheiro Menni , que detalhava a criação da comunidade comunista em Marte, ocorrendo cronologicamente antes da história retratada em Estrela Vermelha . O autor tinha ainda a pretensão de fechar a história com um terceiro livro, e chegou a escrever um poema chamado Um Marciano Encalhado na Terra , um esboço do novo romance, que não chegou a ser concluído, em virtude do seu falecimento. O livro foi adaptado para o teatro em 1920 e só foi novamente reeditado em 1979, em uma versão adaptada para uma coleção de ficção científica.
Este livro influenciou diversos outros autores, como o estadunidense Kim Stanley Robinson, especialmente conhecido pela premiada obra Trilogia de Marte , que tem como protagonista Arkady Bogdanov, em uma clara homenagem a Alexander Bogdanov.
A primeira tradução do livro foi publicada em Frankfurt, na Alemanha, em 1929, sendo reimpresso em 1972 e 1974, com o título Der rote stern . Curiosamente, uma versão em Esperanto, Ruĝa Stelo , também foi lançada em 1929, na cidade independente de Lípsia, no estado da Saxônia, no mesmo país. A tradução foi realizada por Nikolaj A. Nekrasov, e publicada pela Sennacieca Asocio Tutmonda Eldonafako Kooperativa.
Em 1982, apareceu sua primeira versão em inglês, editada por Leland Fetzer, como parte de uma antologia focada em obras de ficção científica pré-revolucionárias. No mesmo ano, uma nova edição em alemão surgiu com o título Der rote stern: ein utopischer, traduzida por Hermynia zur Mühlen. Uma nova tradução para o alemão, Der rote stern , feita por Josef Meinolf Opfermann, foi publicada recentemente, em 2016.
Em 1984, o livro foi traduzido para o inglês como Red Star: The First Bolshevik Utopia , com o trabalho de Charles Rougle. Essa versão, publicada sob a chancela da Universidade de Indiana, foi editada por Loren R. Graham e Richard Stites, repetindo o trabalho de outras antologias, publicando no mesmo livro Estrela Vermelha e O Engenheiro Menni , e adicionando ainda o poema Um Marciano Encalhado na Terra.
Outras traduções surgiram ao longo dos anos, como a versão em espanhol, Estrella Roja, publicada em 2010 e novamente editada em 2016. O Engenheiro Menni , também foi traduzido para diversas línguas, no entanto, assim como seu antecessor, não possui uma versão em português, até agora.
Quando decidimos traduzir a obra para o português, pensamos inicialmente em publicar os livros separados em dois volumes, entretanto, por serem curtos, decidimos levar ao público uma versão semelhante à última versão publicada nos EUA, com os dois livros na ordem em que foram lançados e também o poema adicional, fechando a obra em um único volume.
Esta edição conta ainda com o seguinte conteúdo extra:
Além do poema que nos traz uma ideia do que seria o terceiro livro da série, a obra conta com os seguintes poemas do autor “Ocasião: O Sino Afundado de Hauptmann”, “Natasha”, “Nina”, “Vozes do destino” e “No céu da juventude brilha…”.
A obra recebe ainda um conteúdo inédito e inexistente em qualquer outra tradução. São SEIS CAPÍTULOS EXTRAS, uma noveleta sob o título “Festival da Imortalidade”, onde o autor une os romances “Estrela Vermelha” e “Engenheiro Manny”, retratando, em contraste a eles, não o passado ou o presente marciano, mas o futuro dos terráqueos, que há muito construíram um verdadeiro paraíso comunista, no qual o problema do envelhecimento havia sido resolvido graças a descoberta de uma imunidade milagrosa. O personagem principal da história, o brilhante cientista Friede, se assemelha de várias maneiras ao engenheiro Manny, do romance de mesmo nome.
Essa é a primeira versão lançada para o português, contando com o trabalho de tradução de Thais Rocha e edição de Alec Silva e Rodrigo Barros, levando o título: Uma Estrela Vermelha.