
A pior parte da maldição não é virar fera, mas acordar sem se lembrar do que aconteceu na noite anterior.
Quando a lua cheia se impõe no céu, não há esperança ou oração que contenha o que desperta. Ossos se partem, a pele rasga, a mente se apaga e o homem deixa de existir, restando apenas a besta.
O lobisomem não pensa: ele uiva, caça e mata, deixando rastros de sangue e perguntas sem respostas. Tanto faz a sua origem: se foi mordido por outro licantropo, se fez um pacto com o demônio ou se herdou a maldição por ser o sétimo filho; o fim é sempre o mesmo: mortes em série e a culpa cravada na alma do monstro adormecido.
A Maldição do Lobisomem mergulha no horror da transformação, no medo de perder a própria alma e no destino trágico daqueles que carregam dentro de si o monstro que jamais dorme.
Quando a lua cheia surge, a maldição não afeta apenas as vítimas que tiveram as vidas ceifadas pela fera; afeta também a alma atormentada do lobisomem.